A Assembleia Geral das Nações Unidas, principal órgão deliberativo da ONU proclamou o período de 2021 a 2030 como a “Década da Restauração de Ecossistemas”.
Mas qual é a importância desse anúncio? E quais suas implicações para o cenário brasileiro de restauração ecológica? Confira abaixo em nosso artigo um resumo sobre esta iniciativa e alguns de seus desdobramentos mais relevantes:
1. De 2021 a 2030, uma janela de oportunidades únicas
O chamado para a Década da Restauração atua como um farol, aumentando a visibilidade do tema e direcionando os esforços de diferentes instituições, organizações e comunidades para restaurar ecossistemas degradados.
Isso acontece através da promoção de trocas de conhecimento, políticas públicas, coalizão entre empresas do setor público e privado, entre outras inciativas. Que ao longo do tempo fomentam uma rede de agentes de mudança ambiental.
Mas por quê especificamente esse período de 10 anos e não um chamado geral?
Isso se dá por um consenso entre a comunidade científica e diversas instituições espalhadas pelo mundo, de que se não forem alterados os meios de exploração dos recursos naturais da maneira como é feita hoje, já num futuro próximo, a Terra terá suas condições de suportar a vida prejudicadas, a um nível em que nenhuma ação poderá ser tomada para reverter este cenário, ou seja, estamos prestes a cruzar uma linha sem volta.
Um estudo recente (setembro de 2023), publicado pela revista Science, aponta que a Terra pode agora estar fora de “um espaço operacional seguro” para a humanidade, sugerindo que a cada ano que passa os recursos são explorados para além das capacidades e resiliência do planeta.